Empreendedorismo por meio do conhecimento
Vivemos uma era de transição e novas descobertas. O emprego formal e os postos de trabalho em crescente crise, praticamente estimulam e apontam como diretriz o (micro) empreendedorismo como uma das saídas mais prováveis ao enfrentamento da crise laboral.
Ter somente boas intenções não mais sustentam os sonhos de realização. O segredo é a execução!
Aliado a isso, o impulso e a disponibilidade dos mais jovens para desenvolverem seu potencial inovador contagia até os mais experientes, já sem tantas opções e alternativas.
Segundo a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada em 49 países e que, no Brasil, contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2018, dois em cada cinco brasileiros entre 18 e 64 anos estavam à frente de uma atividade empresarial ou tinham planos de ter um negócio. A pesquisa mostra que a taxa total de empreendedorismo, que reúne novos empreendedores e donos de negócios já estabelecidos, chegou a 38%.
Porém, quais motivos levam um empreendedor brasileiro a desistir após uma média de 12 a 18 meses de jornada, dependendo da área de atuação? Segundo a Endeavor Brasil, em reportagem de janeiro deste ano, são cinco as principais causas para os entraves ao crescimento empreendedor, a gestão de pessoas, gestão financeira, burocracia (regulação e jurídico), inovação e por último, marketing e vendas.
No estudo do Sebrae, dentre os pontos limitantes, além de questões fiscais, políticas governamentais e escassez financeira, a falta de preparo e demandas educacionais deficitárias desde a base, impedem o progresso e crescimento, no desenvolvimento de habilidades e competências necessárias às funções empreendedoras, que podem assumir variações conforme nível de exigência e complexidade da área de conhecimento e/ou atividade profissional.
Uma boa prática recomendada principalmente àqueles que acessam o ensino superior nos cursos tradicionais e tecnólogos de administração é buscar desde o primeiro momento conciliar e oportunizar o aprendizado ao momento de vida, expectativas e sobretudo os projetos que nortearão sua trilha do conhecimento e execução.
Fato é que a execução tem papel fundamental e os cursos, docentes e o sistema de ensino em geral devem estar cada vez mais multiprofissionais, fundamentados por metodologias ativas, principais e acessórias que permeiam todas as relações pedagógicas, dentro e fora de sala de aula.
Procure conhecer as propostas de sua instituição de ensino e verifique que elementos reais ela pode oferecer concretamente para tornar sua caminhada rumo ao empreendedorismo mais ágil e segura, diminuindo a ansiedade, incerteza, frustrações e fortalecendo os propósitos e vínculos que são fundamentais a sua escolha.
Na formação, capacitação e educação, desde o ciclo básico, e principalmente no ensino superior, está a saída para este cenário de crise. A transformação consiste na criação de programas diferenciados para trabalhar com comportamentos, técnicas, competências e nos mais diferentes setores da economia, adotando uma postura progressiva e de coragem, modificando seu status atual. Antes de tudo, tomar a decisão de querer, é fundamental. E você, está certo de que quer empreender e se preparar para tanto?
Vamos em frente, empreender e executar são degraus para o êxito. Mas o conhecimento é o principal elo entre os dois e o norte para a prática. Saia da zona de conforto e avance! Tenha certeza de que não vai se arrepender!
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Gustavo Oliveira, coordenador do curso de Administração da Faculdade Santa Marcelina e Docente no curso de medicina e administração. Além disso, atua na gestão executiva no Hospital Santa Marcelina, é Mestre em Administração e Doutorando em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, Linha de pesquisa Dinâmicas Territoriais, Políticas Públicas e Vulnerabilidade Social. Compliance Officer na Rede de Saúde Santa Marcelina, Coordenador de Pós-Graduação e Consultor da AAGAPE na área de saúde, negócios. Responsável pela gestão de projetos e programas educacionais.
