Curiosidades sobre os Estados Unidos e como são as relações trabalhistas na Flórida
Uma das situações mais inusitadas, pelo menos para nós brasileiros, ocorre quando comparamos a relação trabalhista do Brasil com os Estados Unidos.
Como explicar a baixíssima taxa de desemprego em uma cultura onde não há FGTS, Férias, 13º salário, desconto de INSS (o individuo paga seu próprio tributo)? Além disso, o salário é pago conforme acordo entre empregador e empregado, as faltas – mesmo para ir ao médico não são consideradas para pagamento de salário-, não há licença maternidade paga, entre outros. E, no entanto, em algumas regiões há falta de mão de obra, desde a especializada a não especializada.
Quando empresários me procuram com o objetivo de expandir seus negócios para o território americano, percebo que, para alguns, fica muito difícil compreender como uma economia pode crescer com estas características.
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Sim, nos Estados Unidos há muitos benefícios para as empresas, independente do porte, e não há greves nem protestos quanto ao seu sistema trabalhista. Há sim, proteção à pessoa e aos seus direitos, regras que devem ser obedecidas, mas não há protecionismo.
É muito importante aos executivos/empresas que desejam expandir, investir neste país, entenderem que o mais importante para o governo americano, estando a empresa e o executivo estrangeiros dentro da lei, é a criação de empregos e a geração de impostos. Desta forma há crescimento da economia, é todos ganham.
Sobre a baixa taxa de desemprego, de acordo com o Jornal Sentinel Orlando, na Flórida, caiu para 3,2% em setembro de 2019, segundo informações do estado na última sexta-feira. A área metropolitana de Orlando caindo ainda mais para 2,8%. A taxa, abaixo de 3,3% em agosto, representou um número estimado de 336 mil floridianos desempregados de uma força de trabalho de 10,4 milhões, de acordo com o Departamento Estadual de Oportunidades Econômicas. A taxa nacional foi de 3,5% para setembro. Em agosto, a taxa da área estatística metropolitana de Orlando-Kissimmee-Sanford foi de 3,2%.
Os serviços de educação e saúde foram responsáveis por 59.600 novos empregos no ano passado, seguidos por 49.200 em serviços profissionais e empresariais e 30.300 em áreas que envolvem lazer e hospitalidade. O setor de construção gerou 16.200 empregos no ano passado, com as posições de manufatura crescendo 7.700. Regionalmente, a área de Orlando-Kissimmee-Sanford teve o maior crescimento no ano passado, com 48.800 empregos.
Portanto, pelo que podemos constatar, estamos a alguns anos de conseguirmos chegar a este patamar, principalmente nas questões trabalhistas que, no Brasil, cada vez mais destrói empresas e seus proprietários e, de forma alguma, garante a proteção dos funcionários, sendo mais uma ilusão.
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Marcya A Machado é presidente e fundadora das empresas Cartório BRASIL, LLC e Prospera USA, Inc, estabelecidas no estado da Flórida, nos EUA, com escritório também em São Paulo, capital.
Formada em Administração de Empresas e Direito, com Licença em Direito de Imigração pela Washington University e em Serviços Jurídicos e Notariais pela Faculdade Damasio, além de especialização em marketing estratégico e marketing de relacionamento. Possui MBA Executivo em Marketing, além de várias especializações no Brasil e no exterior (São Francisco, Miami, Cincinnati, New York, Londres) e especialização em Empreendedorismo no Varejo pela Babson College, Massachusetts – EUA.
Fala português, inglês e espanhol, além de noções básicas de alemão.