E você acha que é necessário para seu empregador?
Quando se fala de planejamento de carreira, o foco é sempre se tornar necessário em seu trabalho. Busca-se mais conhecimentos, habilidades e competências. O problema é quando se torna DESNECESSÁRIO para o empregador.
Rita, até então, era uma excelente funcionária. Começou como temporária na empresa, no período de altas vendas sazonais. No começo, era bastante arredia. Tão logo foi efetivada mudou completamente. O relacionamento com os colegas e encarregado do setor melhorou, assim como seu desempenho nas funções. Tornou-se uma das melhores funcionárias da equipe.
No entanto, um evento familiar bastante impactante a fez tomar a decisão de se ausentar por uma semana do trabalho. Tornou-se avó, mesmo muito jovem.
Comunicou o fato aos diretores da empresa, e foi atender a necessidade de sua filha. O bebê nasceu bem, sem complicações, parto normal. Mas Rita decidiu por conta própria, sem orientação médica, sem entrar em contato nem prestar contas com o empregador ou colegas, que ficaria aquela semana com sua família.
O problema todo é que o período era justamente aquele sazonal, de maior produção e vendas da empresa – o mesmo em que ela fora contratada um ano antes. Portanto, a equipe contava com sua força de trabalho para a realização de objetivos.
Você deve estar pensando que o problema foi para a empresa. Mas, ao final, não foi. A empresa se reorganizou naquela semana, mesmo com várias faltas por licença médica, inclusive de Rita – que, na verdade, nem precisava ter faltado.
O maior problema é que se percebeu que Rita era importante no seu posto, mas, como qualquer outra pessoa, SUBSTITUÍVEL. Aos olhos de seu empregador e colegas, DESNECESSÁRIA. Nem precisaríamos enfatizar o quanto isso é ruim.
Em geral, o profissional é contratado pelas suas COMPETÊNCIAS (Conhecimento – saber o que precisa ser feito, Habilidades – saber fazer, Atitudes – querer colocar em prática o que sabe), e são demitidas pelo seu COMPORTAMENTO (Crenças, Hábitos e Atuações).
A crença de que merece mais do que os outros (qual outra explicação para se presentear com uma licença, sem consultar seus pares, nem haver alguma outra plausibilidade?), de que nada vai ocorrer (excesso de autoconfiança), faz com que Rita frequentemente desenvolva hábitos que são interpretados pelos colegas e superiores como descomprometimento, falta de seriedade, solidariedade e compromisso.
Rita não foi demitida. Mas, na avaliação de seus superiores, certamente já perdeu, com seu comportamento, no mínimo, desrespeitoso, todo o valor construído pela sua competência.
Existem várias fórmulas para se tornar DESNECESSÁRIO para a empresa. Atender mal aos clientes, ter péssima comunicação com os colegas, praticar atos desnecessários, realizar mal suas funções. Esse triste comportamento atrasa muito aqueles que pretendem crescer em sua vida pessoal e profissional.
E você? Já pesou na balança o quanto é NECESSÁRIO e DESNECESSÁRIO no seu negócio / emprego ou mesmo em seus relacionamentos? Seu objetivo é pender sempre para o primeiro lado, praticamente zerando as chances de ser considerado descartável pelos seus pares.
Neste artigo, vimos que o Comportamento pode fazer você perder a importância para as outras pessoas, caindo na vala comum daqueles que um dia foram importantes, mas hoje são apenas uma vaga lembrança, quando muito! Além de ser necessário, deve-se estar longe de ser desnecessário.
Rodolfo Nakamura, publicitário, especialista em gestão de novas tecnologias e Master Pratictioner em Programação NeuroLinguística, é empresário, editor, professor universitário e palestrante. Seus grandes amores são Deus, a família e dividir conhecimentos e experiências em cursos, treinamentos, palestras ou mesmo em uma conversa de botequim.
Entre suas atividades profissionais, destacam-se:
LIVROS:
1. E-commerce Fácil de Entender: tudo o que você gostaria saber sobre comércio eletrônico e ninguém teve paciência de explicar. São Paulo: Erica, 2001
- Moodle: Como criar um curso usando a plataforma de ensino a distância. São Paulo: Farol do Forte, 2009.
- Sete Missões: o caminho do desenvolvimento pessoal passando pela região dos Sete Povos das Missões. São Paulo: Farol do Forte, 2009.
- Midia: Como fazer um planejamento de mídia na prática. São Paulo: Farol do Forte, 2010.
- Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078/90. (Organizador). São Paulo: Farol do Forte, 2013.
- O Vaso: sobre gratitude, a atitude de ser grato. São Paulo: Farol do Forte, 2004
ACADÊMICAS
- Professor universitário em nível graduação e pós-graduação (Comunicação Social – Publicidade & Propaganda, Jornalismo, Produção Audiovisual – Administração, Marketing, Pedagogia), desde 2000.
Uniban, Uniabc, Unimes, UnG, Senai, Famosp, Faculdade Brasil, Unijales. - Coordenador de curso de graduação – Publicidade e Propaganda, Marketing e Produção Audiovisual. Grupo Kroton-Anhanguera, 2011-2017
- Gestor de extensão universitária e Pós Graduação. Grupo Unibrasil, desde 2015.
- Pesquisador Científico. Área: Comunicação.
- Orientador de monografia e Trabalho de Conclusão de Curso
- Avaliador técnico Guia do Estudante.
PROFISSIONAL
- Publicitário, Jornalista e Radialista;
- Editor;
- Empresário, indústria de brinquedos;
- Palestrante Profissional RPP e Coach.