A evolução tecnológica em empresas tradicionais familiares
Os gestores de empresas familiares lidam com questões que vão além do universo do negócio, envolvendo a corporação, a família e a propriedade, o que exige uma análise mais criteriosa sobre governança, abrangendo todos esses aspectos. De acordo com um estudo realizado pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), em parceria com a PwC Brasil, empresas familiares em um ciclo geracional mais avançado são as que mais frequentemente incorporam práticas de governança. Diante desse cenário, o grande desafio é fazer com que essas boas práticas sejam adotadas também por gestores da primeira geração.
A pesquisa ainda destaca que em 64,2% da amostra – composta por 279 companhias brasileiras –, o fundador atua na gestão e em 82,1% do total, o diretor-presidente é um membro da família controladora. Conflitos familiares são apontados como o principal motivo para a saída de sócios das empresas pesquisadas. Enquanto a “profissionalização” da gestão e a expansão do negócio são os principais motivos para a entrada de novos sócios.
Nessa nova era de inovações tecnológicas, driblar esses obstáculos pode ser ainda mais difícil para os empresários que trazem uma cultura tradicional. O mercado está mais dinâmico, passando por rápidas transformações, e as empresas precisam estar preparadas para as novas demandas e exigências dos clientes, fornecedores e demais parceiros, com processos mais ágeis e eficientes. No varejo, por exemplo, o e-commerce chegou para ficar e cresce significativamente a cada ano.
É essencial entender a importância de encontrar um equilíbrio entre a tradição e a inovação, para manter a competitividade e sustentabilidade do negócio. O planejamento estratégico deve fazer parte da rotina e ser reavaliado periodicamente, a fim de direcionar as ações de forma mais assertiva. Nesse processo, entra também a adoção de práticas de governança corporativa, que viabilizam as discussões e análises da estrutura empresarial e dos rumos a serem seguidos. Além do investimento em tecnologia, o aprimoramento de colaboradores é outro ponto fundamental para o desenvolvimento da companhia.
As novas gerações chegam para complementar esse sistema, com abordagens diferenciadas, além de uma visão mais ampla do mercado e de como aplicar as soluções tecnológicas na rotina da empresa, em busca de crescimento produtivo e melhores resultados.
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Graduada em Direito pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Ana Rita Petraroli tem MBA na área securitária pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especializações em Direito Penal e Direito Digital e Cyber Risks. Cursou mediação em divórcio, na Universidade Northwestern, e especialização em Comunicação não violenta para realização de negócios, na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. É sócia-fundadora do Petraroli Advogados, onde atua como especialista em consultoria para empresas, diretora e catedrática da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), sócia-fundadora da empresa conceito FraudEnemyGroup, especializada no combate à fraude em seguros, e conselheira da AIDA Brasil (Association Internationale de Droit des Assurance).