A importância da governança corporativa em tempos de pandemia
Em períodos de crise, a transparência nas relações entre sócios e com a própria sociedade é fundamental para manter a sustentabilidade do negócio. Diante da dificuldade de captar recursos, as empresas devem buscar boas práticas para conseguir manter sua estabilidade no mercado.
O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) define a governança corporativa como o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Os princípios básicos desse sistema são transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Durante essa fase em que o home office se tornou uma necessidade, a falta de contato presencial entre gestores e colaboradores pode ser um desafio para manter uma conduta adequada no gerenciamento da governança. Por outro lado, esse é o momento de demonstrar o preparo da empresa para lidar com crises e transmitir confiança aos investidores e parceiros.
Identificar os pontos vulneráveis deve estar entre as prioridades, a fim de possibilitar a criação de procedimentos de gestão e a adequação do planejamento, para ter mais eficiência nas ações. A elaboração de planos de contingência, por meio de comitês de crise, auxilia na tomada de decisões estratégicas, que tenham como foco a sustentabilidade da empresa e a redução de riscos.
Com o grande impacto causado pela pandemia do novo coronavírus, a economia vai se recuperar gradativamente, mas é preciso estar preparado para essa fase. Assim, é essencial preservar as relações que foram construídas ao longo do tempo, aumentando não apenas a confiabilidade da organização, mas o engajamento de todas as partes envolvidas, incluindo a sociedade.
A transparência está diretamente ligada à comunicação, com interação dos executivos, sócios, investidores e colaboradores, estabelecendo um bom canal de relacionamento. É preciso expor claramente a situação da empresa e o que tem sido feito para melhorar, mesmo que pensando nos resultados em médio prazo.
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Graduada em Direito pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Ana Rita Petraroli tem MBA na área securitária pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e especializações em Direito Penal e Direito Digital e Cyber Risks. Cursou mediação em divórcio, na Universidade Northwestern, e especialização em Comunicação não violenta para realização de negócios, na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. É sócia-fundadora do Petraroli Advogados, onde atua como especialista em consultoria para empresas, diretora e catedrática da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), sócia-fundadora da empresa conceito FraudEnemyGroup, especializada no combate à fraude em seguros, e conselheira da AIDA Brasil (Association Internationale de Droit des Assurance).