O que têm de especial os grandes talentos que as empresas procuram

Especialista em gestão de marcas como empregadoras aponta perfis mais desejados pelo mercado

Se tivéssemos que listar as cinco principais características que as grandes empresas enxergam nos seus talentos, quais seriam?

Segundo Suzie Clavery, uma das co-fundadoras da Employer Branding Brasil, iniciativa de gestão estratégica de marcas empregadoras, o Autoconhecimento é a primeira delas.

Formada em Desenho Industrial e pós-graduada em Marketing pelo Mackenzie, Suzie foi uma das primeiras profissionais a atuar com Employer Branding no Brasil.

“A importância do autoconhecimento para as empresas é que quando o candidato se conhece melhor, ele é mais genuíno e sabe identificar com mais facilidade seus pontos fortes e suas habilidades positivas a serem potencializadas, obtendo, assim, melhores resultados”, explica.

Suzie lista, ainda, mais quatro características que são pré-requisitos quando as empresas mais desejadas do mercado pelos profissionais resolvem buscar um talento para compor seu time, e uma delas é a Inteligência Emocional.

Para viver em um mundo em constante movimento e de cenários complexos e imprevisíveis, trabalhar a emoção é fundamental para encontrar o equilíbrio no ambiente de trabalho, administrando bem sentimentos e relacionamentos para gerenciar crises e negociações.

Outra habilidade é a Capacidade de Comunicação, ou seja, saber ir além de se expressar bem, mas sim ter empatia e escuta ativa, saber dar e receber feedbacks construtivos, saber ouvir e conviver e respeitar opiniões contrárias, entendendo as reais necessidades da empresa, interpretando cenários e criando relacionamentos para a melhor tomada de decisões.

E se antes o profissional bem visto era o estereótipo do workaholic, hoje a qualidade desejada se transformou em Equilíbrio – o profissional que consegue coordenar sua vida profissional com a sua vida pessoal acaba tendo mais valor, pois ele consegue manter em dia sua saúde mental, e as empresas já sabem que este é um ponto fundamental para alavancar performance.

Para encerrar, Suzie cita o que chama de “Life Long Learning”, ou seja, vontade de aprender sempre (considerando que nunca é cedo ou tarde para isso), ampliando a criatividade.

“Os profissionais devem estar sempre abertos a novas ideias, decisões, habilidades e comportamentos para navegar bem no mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo em que vivemos atualmente”, completa.

A pandemia como fator transformador

Pensando em nosso cenário atual, é claro que a Covid-19 mudou a sociedade como um todo, e com as empresas e suas áreas de Recrutamento & Seleção não foi diferente. Para quem está buscando uma recolocação profissional no mercado, saber o que torna uma pessoa mais atrativa para as empresas é fundamental para o “novo normal” que teremos pela frente.

Sabemos, por exemplo, que hoje as empresas têm acesso às redes sociais de futuros possíveis colaboradores que participam de seus processos seletivos – com isso, documentos como currículo ou carta de apresentação sofreram alguma alteração na hora de serem elaborados?

Segundo Suzie, o currículo ainda é importante, mesmo que em formatos digitais e mesmo o profissional tendo suas informações dispostas também em redes sociais profissionais, porém, hoje os recrutadores têm mais possibilidades de avaliar o “todo” do candidato.

“Mais que avaliar informações técnicas como empresas trabalhadas, resultados alcançados e cursos feitos, as empresas passaram a olhar a presença digital do candidato, o que inclui suas postagens, sua frequência de presença nas redes e suas opiniões declaradas, assim como seus posicionamentos, conexões e relacionamentos profissionais”, complementa.

Além de uma análise sobre os aspectos técnicos do candidato, Suzie afirma que os recrutadores analisam como a pessoa se adapta à cultura da empresa, por exemplo.

“Estamos em um mundo cada vez mais livre para o acesso às informações, portanto, o currículo não é mais um simples pedaço de papel ou um arquivo em PDF. Ele passa a ser todo o ecossistema do candidato.

Uma empresa extremamente preocupada e defensora da causa LGBTQ+, por exemplo, vai se preocupar em trazer um candidato alinhado a esta cultura. Não adianta o profissional ter todas as habilidades técnicas e ser homofóbico, por exemplo”, explica Suzie.

Então, para se tornar mais atrativo para o mercado, além de ter as cinco características valorizadas pelas empresas citadas anteriormente, o profissional do momento é genuíno, além de ser um grande gerador de conteúdo de qualidade que se preocupa com a gestão real e forte da sua marca pessoal, o seu “Personal Branding”.

Mais do que nunca, no ambiente digital enfatizado pelo isolamento social devido à pandemia, estamos todos competindo pelos mesmos espaços. Ser você mesmo e encontrar um caminho no qual é especialista é promissor.

“As pessoas são ávidas por conteúdo e quanto mais informações de qualidade e discussões de alto nível sobre determinado tema você puder oferecer, maior a chance de ganhar visibilidade e se tornar referência em seu segmento de atuação”, finaliza.

Sobre a Employer Branding Brasil

A Employer Branding Brasil é uma iniciativa de pessoas apaixonadas pela gestão estratégica de marca empregadora. Acreditamos que a reputação de uma marca tem forte influência na vida e na experiência das pessoas.

Ajudamos empresas e profissionais a se desenvolverem na gestão de marca empregadora aliada aos objetivos de negócios, proporcionando experiências positivas para os talentos no ambiente de trabalho, sejam eles candidatos ou colaboradores.

A combinação e diversidade das experiências dos 3 fundadores, faz da comunidade, a maior, mais educativa e mais respeitada sobre Employer Branding no País.

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