Coronavírus e os impactos na economia brasileira – Parte II
Não repetirei que o impacto causado pelo Coronavírus nas Economias ao redor do planeta foi extremamente nocivo, uma vez que todas sem exceção receberam um choque simultâneo e profundo em sua oferta e sua demanda o que se materializou em um duro golpe para a atividade econômica de uma maneira intensa e global.
Esta crise sem nenhum precedente nos remete à Grande Depressão de 1929, mas ainda assim poderíamos dizer que nem ela, com o mega crash da Bolsa de NY que levou à ruína um número enorme de pessoas e empresas , foi tão profunda quanto a que enfrentamos agora, por uma razão muito simples: aquela foi de natureza especificamente financeira e esta é um fenômeno cuja origem está na Saúde Pública.
Uma Pandemia causada por um vírus microscópico colocou mesmo as mais influentes e bem estruturadas nações em situações de quase desespero pelo despreparo patente e global dos sistemas de saúde, ou seja, todas as grandes economias com infraestruturas excelentes, mercados arrojados e dinâmicos, comércio pujante, PIBs brilhantes e tudo o mais que se pode desejar de ótimo, de repente viram-se totalmente entregues ao caos pelo esgotamento de leitos hospitalares, equipamentos de respiração artificial, vagas em UTIs, sem um antídoto para interceptar o vírus e profissionais de saúde insuficientes para o atendimento emergencial.
Por mais eficazes e bem pensadas que sejam as medidas que estão em curso em todos os países mais atacados pela doença, nada terá o efeito desejado se a Pandemia levar muito tempo para se estabilizar, (o vírus não sumirá, continuará até que uma vacina seja descoberta e de fato estanque a disseminação veloz que hoje vemos), e se as políticas de estímulo à atividade econômica não forem inclusivas o suficiente para poder de uma forma geral promover a recuperação da renda dos agentes econômicos interna e externamente, o que trará de volta o consumo, que movimenta a produção e o emprego, este a última trincheira em uma Economia em retração a ser levantada, de nada adiantarão medidas por mais bem estruturadas que sejam.
Neste ponto é de fundamental importância a cooperação em nível global, pois nenhuma Economia poderá eficazmente promover sua recuperação de forma autossuficiente e se não tiver um olhar global, uma vez que a globalização da recuperação da atividade econômica permite que um país “puxe” o outro para cima e para a frente.
Assim será crítico que os mercados mantenham-se abertos e atentos a um novo momento da ordem econômica mundial, ou seja, serão necessárias medidas para diversificação das cadeias produtivas, muito foco na criação de plataformas digitais seguras, em planejamento de contingência, novos comportamentos em termos de relacionamento no trabalho, melhorias na forma de atuação em regime de Home Office, adequação da força de trabalho às novas realidades de trabalho à distância, de posturas com relação à saúde, ao meio ambiente em que se atua, tornando mais difícil a proliferação de doenças pela proteção dos biomas e ecossistemas, pela alimentação mais saudável, pela concorrência mais construtiva, enfim, uma série de atitudes que deverão ser tomadas de forma preventiva e pró ativa para que se tenha uma recuperação uniforme e sustentada.
Nenhuma Economia logrará fazer tudo isso se não estiver aberta e neste sentido é de suma importância a valorização de fóruns de cooperação como temos hoje o G20, a OCDE, a OMS, a OMC, mas que sejam organismos de fato atuantes, ativos, solidários e vigilantes na condução da nova ordem econômica mundial que sem dúvida surgirá no pós Coronavírus.
É importantíssimo que esses fóruns mudem sua forma de atuar, tornando-se mais participativos, cobradores de ações prometidas em reuniões globais de forma a que estas não sejam apenas encontros de amigos e sim espaço para trocas de experiências relacionadas a políticas e práticas de busca do desenvolvimento e da inclusão social, da promoção da saúde e do cuidado com o meio ambiente.
Imagino que um fórum desta natureza crie até um comitê de crise, com representantes dos países membros com o objetivo de condução de períodos de contingência, como este que vivenciamos agora, de maneira a tomarem medidas emergenciais uniformes, respeitando-se as idiossincrasias de cada Nação, mas com um único alvo.
Infelizmente o que se percebe ao redor do mundo são países isolados, cada qual tomando suas próprias decisões, alguns se contradizendo, outros acertando, mas sem muita convergência, o que dificulta o estancamento do avanço da doença.
Pensando em cooperação, por que termos países diferentes fazendo pesquisas sobre a vacina, dando-nos a sensação de que estão correndo para ver quem leva a fama do descobrimento da cura e não porque há pessoas ao redor do mundo precisando urgentemente do antídoto para recuperarem a saúde, ou para voltarem ao trabalho de maneira tranquila e mais segura, ou ainda para reencontrarem amigos, não importa quais sejam os motivos, o que importa é uma solução que pode ser realizada a dezenas de mãos e não por um único país
Tudo isto posto, existe uma grande preocupação em relação aos impactos em nosso país, onde todos sabemos, a disseminação tem sido bastante acelerada e me desculpem, muito desconexa, sendo que se não fosse a abnegação de profissionais das áreas essenciais, estaríamos totalmente no escuro quanto à luta contra a transmissão da doença.
Neste artigo gostaria de fazer uma reflexão sobre alguns fatores que preocupam muito nosso mercado e nos trazem dificuldades não somente neste momento de combate, mas principalmente no de recuperação.
No âmbito político a impressão de quem olha de fora, sem conhecimento do contexto e do cenário do país é de uma luta por quem manda mais, sem a preocupação, salvo honrosíssimas exceções (poucas) de se pensar no coletivo, na população gerando este fato gera um grande desalento e descrédito nas pessoas, o que torna mais difícil ainda a reestruturação da Economia no pós Pandemia, pois quem em última análise fará o país sair do atoleiro são as pessoas que nele trabalham e não o ministro X, ou o presidente do Banco Central ou o senador fulano de tal, etc.
È certo que estes determinarão as políticas para condução, mas se os agentes não estiverem prontos e dispostos a executá-las, seja por falta de conhecimento das mesmas, seja por sequelas psicológicas deixadas pela crise, o efeito será nulo em um primeiro momento ocasionando uma grande demora na retomada.
Não seria hora de parar de disputar o poder? Que isso fosse deixado para depois, há muito tempo adiante para esse tipo de contenda! Em primeiro e mais importante lugar estão o combate à doença que incapacita a força propulsora do país, o aparelhamento da Saúde Pública no Brasil que sempre foi um ponto de controvérsia, a busca da redução dos estragos causados às pessoas, às empresas especialmente as médias, pequenas e micro e já nessa luta a antevisão do que se pode realizar para um novo momento.
Mas para isso é CRÍTICO que todos os poderes e a população estejam em sintonia ao menos agora. No Brasil todos correm, mas para lados diferentes neutralizando todo o esforço de nos reencontrarmos; é decepcionante!
O Cenário Brasileiro
Não é demais lembrar sempre que o que expresso neste texto é reflexo de minhas opiniões pessoais; não tenho ligação com nenhuma agremiação ou ideologia, portanto meu artigo é fruto apenas de meu pensamento como cidadã e profissional. Não quero nem de longe que os leitores concordem totalmente comigo, mas desejo que respeitem minha opinião, da mesma forma que defendo o direito de cada um pensar como achar melhor.
Na Ciência Econômica existem várias vertentes de pensamento, sendo que cada uma delas se utiliza de Políticas para condução das Economias de acordo com a corrente que cada País segue.
No Brasil, e em especial neste governo, temos visto uma condução de vertente liberal, o que em minha opinião é a melhor maneira de se garantir que os agentes econômicos, que somos todos nós tenham acesso a todas as oportunidades que o mercado oferece, embora tenhamos um sério problema de distribuição de renda e riqueza, não sou indiferente a isso.
O que quero dizer em resumo, é que em uma Economia cujo pensamento é liberal, não há ninguém que não possa se movimentar, criar valor uma vez que o mercado é livre para todos.
No Brasil, a Política Econômica guia-se pelo Liberalismo seguido pelo Ministro Paulo Guedes e em especial o Banco Central que determina os parâmetros de Política Monetária para a adequada calibragem da Economia, vemos em tempos de crise, e em especial esta, a utilização de três ferramentas tradicionais de condução que em tese deveriam gerar respostas rápidas em termos de recuperação da rendas das famílias.
Esse arsenal é composto basicamente de (de maneira geral e simples):
-
Taxa Básica de Juros, a conhecida SELIC, a qual gera muitas perguntas na linha final do ambiente econômico , ou seja, os consumidores, as famílias, pequenos empreendedores, etc. A pergunta que mais se ouve é: por que a redução persistente da SELIC não se manifesta imediatamente na ponta dos consumidores? A resposta é que ela diz respeito ao custo do dinheiro interbancário, porque bancos também “emprestam-se” entre si, Bancos aplicam-se entre si, ficam devedores e credores entre si. O efeito primário das reduções na SELIC é o barateamento do crédito. O raciocínio é simples: com o crédito mais acessível, os agentes econômicos terão maiores facilidades em obter recursos, porque os Bancos também estão tendo essa facilidade, por este motivo são levados a repassarem aos que buscam crédito. Este então seria uma primeira medida para aquecer a Economia.
-
A Base Monetária: em linhas bem gerais, base monetária é a quantidade de moeda (papel moeda e moeda metálica) em poder do público, dos depósitos voluntários e compulsórios e dos depósitos do Público junto às autoridades monetárias (Tesouro, Bacen, Banco do Brasil – basicamente são os títulos e papéis adquiridos em ofertas das Autoridades Monetárias direto com o público ou através de agentes). Quando essa base aumenta, aumentam os recursos na Economia e geralmente essa elevação se dá em três situações sempre com o objetivo de regular o movimento do ambiente econômico, na busca de superação de crises. Essas situações são resumidamente (não entrarei em detalhes)
-
Financiamento de déficits de orçamento do Governo;
-
Empréstimos aos bancos comerciais e/ou setor privado não bancário;
-
Compra e venda de moeda estrangeira para as transações entre o país e o resto do mundo.
Em linguagem bem simples a base monetária é dinheiro na mão. O grande problema do incremento exagerado da Base em uma Economia é a desvalorização de sua moeda e a consequência mais grave, a aceleração dos índices de inflação, caso a Economia esteja próxima ao pleno emprego de seus recursos, o que” felizmente” de um lado e infelizmente de outro, não é nosso caso.
Temos um grande índice de desemprego e capacidade ociosa de recursos. Nossa situação é complicada, pois o instrumento Base Monetária não gera muita resposta imediata pois os recursos estão aquém do emprego necessário para produzir uma faísca de movimento.
De qualquer forma, a Teoria Econômica tradicional ensina que este instrumento precisa ser utilizado com cautela e tendo-se uma visão muito ampla e segura do ambiente econômico, mas não deixa de ser uma grande estratégia liberal para gerar movimento em um país.
-
Os Depósitos Compulsórios: os depósitos compulsórios são as reservas que todos os Bancos Comerciais devem deixar no Banco Central diariamente. São compostas em linhas bem gerais pela soma dos depósitos à vista do público em poder dos Bancos, contas correntes ou poupança, câmbio de pessoas físicas, títulos em compensação, sendo utilizados como instrumentos de controle, ajuste e em socorro ao Sistema Financeiro Nacional em casos emergenciais. Todos os agentes financeiros tem por obrigação cumprir diariamente a rotina de enviar parte de suas reservas ao Bacen, de forma automática, através de sistemas, em horários rigidamente controlados. A não observância dessa rotina, pode render ao Agente Financeiro pesadas multas diárias, suspensão por prazos determinados da autorização de determinadas operações (exemplo Câmbio) e no limite, o fechamento da operação do infrator, se houver reincidência.
As taxas das reservas depositadas pelos Bancos são determinadas pelo Banco Central, podendo variar de país para país, de acordo com o desempenho da Economia e com o momento. Esse instrumento é muito importante para regular a oferta de dinheiro na Economia. Por aí, meu amigo leitor já deve ter percebido que o Bacen pode aumentar ou reduzir essa taxa para gerar expansão ou redução na oferta de numerário.
Quando o Banco Central decide expandir, por motivos emergenciais (como este, por exemplo), os meios de pagamentos, promove a redução das Taxas dos Depósitos Compulsórios com a finalidade de liberar recursos monetários na Economia para atender às necessidades prementes dos agentes econômicos.
Isso está ocorrendo agora, porém como estamos diante de uma crise em que, de forma muito ímpar, temos uma grave retração de demanda, este instrumento parece não estar atingindo seu objetivo que seria uma resposta rápida pelo dinheiro adicional ofertado.
Creio que o leitor amigo já percebeu que a política contrária, ou aumento nas taxas de reservas, gera uma redução nos meios de pagamentos. Isso geralmente ocorre para se proteger o valor da moeda.
Infelizmente este instrumento de controle de moeda também não está surtindo o efeito desejado pela razão mencionada acima.
Resumindo tudo, nenhum dos três pilares básicos da Política Monetária utilizada pelo Banco Central (de forma muito correta, diga-se de passagem) NÃO estão sendo suficientes o bastante para gerar a reativação em uma Economia combalida como a nossa e “pega na curva” em um processo de lenta recuperação de grave crise depressiva.
O que nos traria impacto neste momento e ambiente em que estamos seria uma injeção descomunal de dinheiro vivo, como aquela figura de um helicóptero jogando dinheiro nas ruas, uma imagem muito usada pelo professor Milton Friedman, um dos principais mestres do Liberalismo Econômico da escola de Chicago.
Como não temos helicópteros jogando dinheiro, temos as ações do Ministério da Economia, em conjunto com as medidas de Política Monetária utilizadas pelo Banco Central no sentido de fazer frente à Pandemia e ao Pandemônio econômico que tomou conta do Brasil.
Neste sentido entendo que nossas autoridades estão fazendo, por prazo determinado (importante) concessões à doutrina liberal ao disponibilizar um grande volume de recursos financeiros, sem a preocupação de déficits fiscais que inevitavelmente ocorrerão (por este motivo é importante regular o prazo das medidas assistenciais).
Além de medidas assistenciais de emergência e do tripé tradicional da Política Monetária acima citado, também está em curso um outro instrumento, o Open Banking, que reforçado pela nova redução da taxa de juros determinada pelo Comitê de Política Econômica (o Copom) tem duas metas: baratear o crédito e forçar a concorrência entre as Instituições Financeiras no sentido de que elas abram seus cofres, uma vez que quem não tomar essa ação será preterido em favor de outro Banco mais “generoso”.
E por que o Open Banking forçaria tudo isso? Porque é uma medida que permite que um agente econômico, pessoa ou empresa, especialmente pequenas e médias, acessem todo seu histórico bancário registrado em uma Instituição e o levem para outra, como uma maneira de conseguir empréstimos mais adequados às necessidades e capacidades de pagamento do agente, forçando os Bancos a reverem suas ofertas de produtos e empréstimos.
Por esta via, os grandes Bancos ver-se-iam obrigados a reverem suas estratégias de atração e principalmente de retenção de clientes, criando condições mais propícias e estimulando o mercado como um todo.
Ainda assim, com toda essa articulação das Autoridades Monetárias e Governo, o esforço de manter um ambiente estimulado, não está havendo a reação esperada, ou seja, o estímulo à atividade, a manutenção da produção, a demanda por parte das famílias, que só ocorrem se houver massa monetária nas mãos dos agentes econômicos, ou consumidores.
Existem alguns bons motivos para essa ausência de resposta , isso por parte do Sistema Financeiro que empresta:
-
O receio de, em um futuro próximo, ocorrer uma explosão da inflação o que acarretaria imediata reversão das políticas de barateamento de crédito de forma significativa. Crédito difícil gera pouco empréstimo, que gera poucas condições de investimento em produção, que gera quebra, que gera desemprego que devolve o país à crise.
-
A inadimplência dos agentes econômicos que hoje, devido à lentidão de movimentos da Economia, não obteriam condições para honrar seus débitos, mesmo com as ofertas de carências e prazos longos para pagamento, pelo simples fato de que muitos empréstimos estão sendo realizados para pagar outros anteriores, criando uma espiral de endividamento que só uma massa potente de dinheiro poderia estancar.
Temos que lembrar que o endividamento em si, não é nocivo, uma vez que ele propicia recursos para a produção, mas só é eficaz SE existir capacidade de pagamento. Como o país encontra-se em uma situação em que as famílias, por conta da crise de Saúde Pública, estão sem renda, ou se a tem, a guardam por medo de um possível desemprego, ninguém consegue realizar seus pagamentos e o sistema como um todo entra em colapso.
Foi esta razão que levou muitos governos mundo afora, inclusive os mais liberais de resgatarem políticas de ajuda emergencial e de intervenção do Estado na Economia.
No Brasil não está sendo diferente, mas talvez não seja suficiente. E o importante é que este tipo de política NÃO pode ser por tempo indeterminado, pois onera substancialmente as contas públicas. Infelizmente em nosso país por conta de má gestão de recursos, uma certa dose de politicagem e mesmo falhas operacionais, corre-se o sério risco de este instrumento emergencial torne-se vitalício, o que nos leva para outro ângulo de crise, que seria a fiscal.
Temos muitos exemplos dessa distorção com os programas da Bolsa Família, que não é ruim, de maneira alguma, mas necessitaria de uma revisão profunda, desde sua concepção até a aplicação e as famílias beneficiárias.
Existe ainda um outro programa engendrado no Governo do Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu ótimo primeiro mandato, denominado Renda Mínima, através do qual pessoas sem renda teriam acesso a rendimentos (não se trata do Salário Mínimo, base para benefícios e salários) que lhes pudessem dar o mínimo necessário para viver, sem porém até hoje ter sido regulamentado.
Em seu programa de governo, o então candidato Jair Bolsonaro, o incluiu como um instrumento de distribuição mínima de renda, sem que até o presente não se tenha tido notícias dessa iniciativa.
Em resumo, a Economia Brasileira, infelizmente também está na UTI e o que vemos hoje, é a sociedade mobilizando-se independentemente das iniciativas governamentais para tentar mitigar os problemas que a crise do Coronavírus despejou em nossa população, além da ameaça sanitária, que é justamente o combate à fome, através de uma rede incrível de solidariedade de pessoas físicas, empresas, bancos, que neste instante estão preocupados com garantir o mínimo de sustentação aos agentes da Economia.
Isso é admirável, e certamente alterará em muito a face do país quando a crise se estabilizar, pois o vírus continuará entre nós até a imunização total da população.
Até lá é muito importante que nosso país prepare-se de forma consistente para de fato recuperar a atividade econômica de forma a permitir que novamente as pessoas sejam incluídas na distribuição das riquezas que este país é capaz de produzir.
Estamos diante de um desafio seriíssimo e de uma crise de graves proporções, mas apesar de tudo não se pode perder as esperanças e a fé na capacidade deste país se reerguer.
Não é possível que, após tantas iniciativas de mobilização em favor do atendimento médico de pessoas que estejam enfrentando uma doença, uma alimentação que não possa receber algum dinheiro devido a paralisações, ações de evitação de demissões, mudanças na cultura do trabalho , da união de concorrentes para gerar mais empoderamento e outras medidas que a própria sociedade sozinha resolverá para passar por esse momento, ainda a partir da capacidade desta última Nação de transformação.
Leia também:
Coronavírus e os impactos na economia brasileira – Parte I
Maria da Penha Amador Pereira, Economista formada pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo com especialização em Desenvolvimento Econômico.
Atuou em carreira corporativa na antiga Companhia Energética de São Paulo, Banco do Estado de São Paulo e no Citibank, onde desenvolveu carreira por aproximadamente 30 anos em Controladoria, Planejamento Estratégico, Segurança de Informações, Gestão de Crises e Continuidade de Negócios, Qualidade, Projetos de Melhorias de Processos e Produtos Bancários, Controles Internos, Auditoria, Governança Corporativa, Regulamentação Bancária e Compliance.
Atualmente é escritora com obras já publicadas, Master Coach e PNL, Orientadora e Mentora de Carreiras, Palestrante e Educadora Financeira, tendo publicado mais de 55 artigos em Portais de Empreendedorismo, mídias sociais, jornais e revistas regionais e LinkedIn, além de ter participado de vários seminários e fóruns sobre diversos temas ligados à realidade brasileira e Compliance.
As experiências acumuladas demonstram que a necessidade de renovação processual ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança do fluxo de informações.