Como as empresas estão se preparando para aposentar colaboradores no pós-pandemia
Plano de Preparação para Aposentadoria é assunto do momento para o “novo normal”
Profissionais com mais de 60 anos de idade, neste momento de pandemia pelo qual estamos passando, são considerados do chamado “grupo de risco” e, por isso, requerem uma atenção especial.
Muitos deles já estão aposentados pelo INSS, mas continuam trabalhando, e com a retomada gradativa ao chamado “novo normal”, as empresas já sabem que profissionais que possuem comorbidades ou idade mais avançada precisarão de mais cuidados.
Muitos deles nem voltarão aos seus postos de trabalho por decisão própria e, assim, tentarão negociar a continuidade dos trabalhos em home office ou avaliarão outras possibilidades. É aí que a adesão aos programas de PDI (Plano de Demissão Incentivada) ou PDV (Plano de Demissão Voluntária), entre outros que poderão surgir, aparecem como solução.
Desde do início do isolamento, em março de 2020, muitos profissionais considerados do grupo de risco foram afastados de suas funções e, é claro que, excluindo os que passaram a trabalhar home office, passaram a viver momentos bastante delicados.
Para amenizar o impacto, muitas ações foram tomadas pelas empresas, como a concessão de férias já vencidas, o uso do banco de horas, o apoio salarial parcial vindo do Governo e até a suspensão de alguns contratos.
“As empresas precisam de novas ações para os próximos meses, pelo menos enquanto houver risco de contágio ou não existir uma vacina para a Covid-19. E é aí que entra o PPA – Plano de Preparação para Aposentadoria, que é o assunto do momento entre os empresários”, afirma Helena Ribeiro, fundadora da Razão Humana Consultoria.
Segundo a consultora Helena Ribeiro, que também é palestrante e escritora, os riscos com a saúde destes colaboradores continuam e encontrar as melhores soluções é prioridade dos gestores das áreas de Recursos Humanos e Segurança do Trabalho.
Preservar a saúde física e emocional dos funcionários continua sendo o maior desafio das empresas antes, durante e depois da pandemia. “Também temos que levar em conta o impacto da crise econômica e a necessidade de reduzir ou ajustar o quadro de pessoal para muitas empresas”, completa.
O fato é que a pandemia virou tema dentro do Comitê de Crise das empresas e a implantação do chamado PPA (Plano de Preparação para a Aposentaria) tem contribuído, e muito, como uma ação de curto, médio ou longo prazo na gestão de pessoas.
Mapear o público de risco, as faixas etárias, os cargos e os possíveis sucessores, entre outras informações, são de suma importância hoje para o RH estratégico; a Medicina Ocupacional é lei e as ações preventivas vão além das dependências da empresa, inclusive, se estendendo também para quem continuar trabalhando home office.
Para as pessoas em fase de pré-aposentadoria, o PPA ajuda a fazer um bom planejamento com planos A, B e C, já que a pandemia deixou o mundo com uma taxa alta de vulnerabilidade em várias áreas, em especial, na saúde. “O momento exige dos líderes algumas tomadas de decisões difíceis e num curto espaço de tempo, mas que são necessárias”, enfatiza Helena.
Tanto o PPA quanto o PPF (Plano de Preparação para o Futuro) são programas que ajudam a disseminar a cultura do planejamento financeiro e de um plano de ação pessoal e profissional, entre tantas outras preocupações fundamentais.
A vida continua independentemente da pandemia e novas fases virão. “Implantar um PPA ou até mesmo um inevitável offboarding fará parte do processo de gestão de pessoas, contribuindo para um plano de preparação de futuros sucessores e estimulando a prática de mentoria interna para transferências de conhecimentos entre gerações”, finaliza Helena Ribeiro.
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