Como as lideranças femininas podem diminuir a desvantagem salarial em relação aos homens
Como as lideranças femininas podem diminuir a desvantagem salarial em relação aos homens

Como as lideranças femininas podem diminuir a desvantagem salarial em relação aos homens?

Jornalista e psicóloga Priscilla de Sá, criadora da multiplataforma Power Speaker, aponta caminhos para as mulheres ganharem visibilidade em 2021

O ano de 2021 começou cheios de desafios. Após mais de 12 meses de pandemia, vimos o mercado de trabalho mudar e os profissionais atuantes tendo que se reinventar.

E quanto mais o mercado muda, mais rótulos são carimbados quando o assunto é ter sucesso como líder – ainda mais se essa líder for mulher.

Priscilla de Sá, jornalista e psicóloga criadora da Power Speaker, multiplataforma colaborativa que conecta especialistas das mais variadas áreas às organizações que querem ser a diferença no mundo, acredita que, apesar de desafiador, 2021 é o ano de promover o protagonismo feminino nas empresas. “Ninguém aguenta mais os discursos ultrapassados sobre liderança feminina que dizem que somos sensíveis e pacificas ou que sabemos lidar melhor com as pessoas e cuidamos da equipe como cuidamos dos nossos filhos.

Quanto mais o mercado de trabalho expande e muda, mais rótulos como estes são carimbados em nós como alternativa desesperada de impedir o avanço natural feminino”, garante Priscilla.

Estamos vivendo um avanço feminino nos cargos de liderança e, cada vez mais, as competências que fazem diferença nas contratações são inteligência emocional, resiliência, flexibilidade, comunicação e capacidade de negociação e de colocar “a mão na massa”.

“Nós, mulheres, estamos, sim, mais bem preparadas e naturalmente capacitadas pela melhor escola para este novo momento: a vida. A vida nos treinou para liderar nas crises”, afirma Priscilla. Mesmo assim, o desequilíbrio de salários entre homens e mulheres em cargos de liderança continua existindo. “Enquanto lutamos coletivamente por uma transformação estrutural, há algo que podemos fazer, no plano individual, e que não depende de cargo ou função: posicionar-se publicamente como uma líder”, afirma Priscilla.

Saber falar como uma verdadeira líder é, segundo ela, a chave para aproveitar a onda de sucesso para as mulheres neste ano.

Não existe espaço para líderes inseguras na hora de apresentar um projeto ou ministrar uma palestra, muito menos para as tão comuns reuniões em vídeo. “Nosso desafio como líder mulher começa já tentando derrubar o preconceito que existe com relação à voz feminina.

Um estudo americano feito por pesquisadores da Universidade de Duque, por exemplo, mostra que os cargos mais altos das empresas tendem a ser ocupados por homens com vozes mais graves. Parece piada ouvir isso nos dias de hoje, mas ainda existe uma relação entre falar grosso e ocupar cargo de alto escalão nas empresas”, coloca Priscilla.

Para ela, muitas mulheres podem romper o teto de vidro e subir no palco das grandes decisões, para começar, é “engrossar a voz”, mas não no sentido literal, mas sim ressignificando o que as mulheres são e como são vistas pela maioria das pessoas.

O primeiro passo é desenvolver a assertividade. “Podemos fazer uma autoavaliação de como é nossa assertividade. Vale se perguntar, por exemplo, o quanto somos capazes de aprender coisas novas, de dizer não sem culpa, de falar em público com tranquilidade, de delegar tarefas, de saber impor limites ou de se cuidar tão bem como cuidamos das pessoas que amamos.

É preciso analisar o quanto somos assertivas e o quanto somos vulneráveis e como percebemos nossa capacidade de se expressar”, ensina Priscilla.                          

O próximo passo seria eliminar o que ela chama de vícios de discursos femininos. São três:

“Eu vou falar um pouquinho”

Para Priscilla, não se trata de tempo, mas sim de quantidade de conteúdo. Uma líder sempre tem algo relevante a dizer, por isso, cuidado ao minimizar seu discurso.

“Estou meio nervosa”

A frase direciona a atenção das pessoas justamente para onde não queremos, que é nossa insegurança, levando a audiência a pensar que o desafio é maior que a competência.

“Eu não tenho todas as respostas e nem sou dona da verdade”

O segredo é dizer o que se tem, e não o que falta. Uma verdadeira líder é aquela que promove transformação.

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