Pesquisa realizada pela aceleradora ACE sobre inovação corporativa mostrou um dado curioso: entre os entrevistados de grandes empresas, o perfil da liderança foi apontado como o principal obstáculo para que as corporações se tornem, de fato, inovadoras. Já para o estrato correspondente às pequenas e médias empresas, os aspectos que envolvem o líder não são preponderantes para alcançar a inovação nos processos. Inovar, independentemente do porte, é vital para que companhias prosperem.
A ACE ouviu 123 gestores: 40 eram de grande porte, com faturamento anual superior a R$ 300 milhões.
Diante dessa percepção, ficam os questionamentos: o que falta aos gestores das grandes empresas para que a inovação seja posta em prática? E por que, para as médias e pequenas, os líderes não são vistos como barreiras para inovar?
Para David Braga, CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent – empresa de busca e seleção de executivos de alta e média gestão, conhecer profundamente a companhia é um dos pilares para que os gestores saibam lidar e aplicar a inovação. “Não se trata apenas de tecnologia. Muitas vezes, para inovar, é preciso uma mudança latente na cultura organizacional, o que chamamos de Change Management. O processo de inovação precisa estar conectado ao propósito das corporações”, avalia.
Segundo Braga, as altas lideranças devem criar uma cultura de colaboração para discutir processos com transparência. “Sem generalizar: o board da companhia não pode ser tolerante com executivos que impedem a inovação. Conhecer tendências de mercado, ter repertório técnico e adaptabilidade são essenciais para estar aberto aos novos processos. Inovar é mudar o ‘modus operandi’ e isso assusta muitos executivos”, comenta.
Em tempos de recessão econômica, estar aberto às vantagens competitivas que a inovação pode agregar é mais que uma alternativa – trata-se de um caminho inevitável para se sobressair no mercado, em qualquer nicho.
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